Angolanos exigem exoneração de Luísa Grilo e Rui Falcão após declarações controversas

Angolanos exigem exoneração de Luísa Grilo e Rui Falcão após declarações controversas

Uma carta aberta assinada por cidadãos angolanos residentes no país e na diáspora exige a exoneração imediata da Ministra da Educação, Luísa Grilo, e do Ministro da Juventude e Desportos, Rui Falcão. O documento acusa ambos os governantes de proferirem declarações discriminatórias que atentam contra a dignidade dos angolanos na diáspora e violam princípios constitucionais e internacionais. As declarações que motivaram o protesto público incluem afirmações de Luísa Grilo, que afirmou que "o bom jovem fica aqui. Aquele que vai, não faz falta", e de Rui Falcão, que declarou que "ser licenciado não é ser quadro". Os signatários da carta consideram essas palavras como exclusão e desprezo para com cidadãos que continuam a contribuir para o desenvolvimento de Angola, mesmo residindo no exterior. O grupo de cidadãos que assina a carta aberta inclui membros da sociedade civil, movimentos juvenis e culturais, organizações de direitos humanos, profissionais da educação e saúde, estudantes e académicos, representantes religiosos, culturais e políticos. A carta foi endereçada ao Presidente da República de Angola, João Lourenço, à Assembleia Nacional, à Procuradoria-Geral da República e a outras instituições do Estado, bem como a organizações da sociedade civil e instâncias internacionais. Entre as principais exigências do documento estão: A exoneração imediata dos ministros Luísa Grilo e Rui Falcão; Um pedido formal de desculpas à diáspora angolana; O reconhecimento do contributo social, económico e político dos angolanos no exterior; A criação de mecanismos formais para a participação da diáspora na vida política nacional. Os signatários afirmam que os ministros não falaram apenas a título pessoal, mas na qualidade de representantes do Estado, o que confere às suas palavras peso institucional e impacto político. Sustentam que o afastamento dos cargos não é apenas uma exigência moral, mas uma necessidade jurídica e constitucional “em nome da dignidade, da justiça e da unidade nacional”. A carta aberta foi amplamente divulgada nas redes sociais e recebeu apoio de diversos setores da sociedade angolana. A expectativa é que o Presidente da República e as demais instituições competentes analisem as reivindicações e tomem as medidas cabíveis.

Publicado em: 4/20/2025

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